"Os perceptos já não são percepções,eles são independentes de um estado daqueles que passam por eles(...)A obra de arte é um ser de sensação e nada mais:ela existe em si...(...)
Pintamos,esculpimos,compomos,escrevemos com sensações.Pintamos,esculpimos,compomos,escrevemos sensações.(...)
O objectivo da arte (...) é de arrancar o percepto Às percepções do objecto e aos estados de um sujeito perceptivo, de arrancar o afecto às afecções como passagem de um estado a um outro.Extrair um bloco de sensações, um puro ser de sensação.(...)É verdade que toda a obra de arte é um monumento,mas o monumento não é aqui aquilo que comemora um passado, é um bloco de sensações presente que não devem senão a elas mesmas a sua própria conservação e dão ao acontecimento o composto que o celebra.(...)A paisagem vÊ.Em geral,que grande escritor não soube criar estes seres de sensação que conservam em si a hora de um dia,o grau de calor de um momento?O percepto é a paisagem anterior ao homem,na ausÊncia do homem.Mas em todos estes casos,porquÊ dizer isto se a paisagem não é independente das percepções supostas dos personagens e ,por seu intermédio,das percepções e lembranças do autor?(...)Os personagens só podem existir e o autor só pode crìá-las porque elas não percepcionam, mas passaram na paisagem e fazem parte do composto de sensações.(..)Os afectos são precisamente esses devires não humanos do homem,como os perceptos são as paisagens não humanas da natureza.«há um minuto que passa»,nós não o conservamos senão nos «tornarmos ele mesmo»,diz Cézanne.Nós não estamos no mundo , nós tornamo-nos com o mundo ,nós tornamo-nos contemplando-o.Tudo é visão,devir.Tornamo-nos universo.Devires animal ,vegetal, molecular,devir zero.(...)A arte é a linguagem das sensações ,quer passe pelas palavras ,pelas cores ,os sons ,ou as pedras."
in Deleuze e Guattari , "qu'est ce la philosophie..."
Tuesday, July 15, 2008
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